sexta-feira, 16 de julho de 2010

Corpus Divinor






Beijar-me-ias o pescoço

sem pedir permissão

e aquecerias o meu vinho

com o teu Celsius

e como tentáculos me explorarias

a pele fria, macia e pálida como cal?



Meu cérebro nao se reconheceria
de tantas sensações ter de comandar.


Um curto circuito febril
me invadiria a alma
e não me importaria de morrer...

Morrer,morrer...

Pois morrer é isso mesmo,
é vida, é prazer, é ascender.

É chamar o Eros,
e ser abençoada por Amon L'Isa.

Sendo assim, mata-me...

Mata-me que eu morro feliz.

Nirvana-me, suga-me,
aqui e agora, sem pensar
Torna-me Rainha.

Embebeda-me com o teu ser.

Serve-te de mim, alimenta-te
e não pares, que morrerás.

Apenas banha-te de mim
e eu me enxugarei de ti.

Até o fim de minha morte,
até o fim do Nirvana.


Por Nytya, a eterna